Quando você pergunta para uma criança o que ela deseja ser quando crescer encontramos as melhores e mais criativas respostas para todos os tipos de profissões existentes e até algumas que não foram “inventadas”. Por que isso ocorre? Simplesmente pelo fato de que uma criança ainda não foi afetada pelas tais crenças limitantes que, assim como o nome diz, limitam o desenvolvimento e progresso de uma pessoa, colocando vários obstáculos e “problemas” na busca pelo sonho. Por esse motivo as crianças não possuem nenhum problema em falar que desejam ser astronautas ou espiões ou cientistas ou então motoristas do caminhão de lixo. Não estamos desmerecendo ou menosprezando qualquer tipo de profissão, todos os profissionais devem ter o seu devido respeito e o seu valor. Aqui, só estou dizendo que quando criança você tem uma liberdade bem maior e nenhum medo para decidir aquilo que você deseja ser quando crescer. Por que nós também não agimos assim? Com esse ímpeto infantil para falar o que queremos ser ou o que consideramos uma verdade?
Em teoria, deveríamos ser mais racionais que uma criança, pois já passamos por várias experiências, já sabemos (ou pelo menos deveríamos saber) o que é certo e errado, já vivemos em uma complexa sociedade com leis, direitos, deveres, etc. Mas, será que somos mais racionais mesmo? Muitas vezes ficamos escondidos atrás de muitas limitações que nos são impostas e acabamos desenvolvendo-as e as tomando como uma verdade absoluta. E isso, infelizmente, acaba nos limitando e impedindo de ser quem realmente somos.
Quer mais um exemplo bem simples e comum? O que acontece quando uma criança que está aprendendo a andar, tropeça na própria perna e cai? Na maioria das vezes ela levanta e continua a andar, como se nada tivesse acontecido. E você? O que você faz quando está realizando uma determinada tarefa (em seu trabalho, na sua casa, na escola, faculdade, etc) e encontra um problema, seja ele de qualquer natureza? Esse problema te motiva a driblá-lo e continuar a sua tarefa? Ou ele faz com que você desanime e acabe ficando triste, desmotivado e muitas vezes estático, parado no mesmo lugar? Para muitos, a opção da estática é o “ponto final”. Uma pena! Pois isso não leva a lugar algum. Será que não deveríamos continuar, mesmo que vários problemas apareçam, assim como a criança que acaba de cair ao dar os primeiros passos? Ou você acha que possui um escudo que impedirá que obstáculos te acertem?
Agora, já passou na sua cabeça que você já foi uma criança? Uma criança que já caiu e rapidamente se levantou e continuou sua caminhada sem sequer chorar? Uma criança que já sonhou em ser um astronauta? O que mudou do seu “você criança” para o “você agora” para ficar tão limitado e deixar de ser tão sonhador, tão audacioso, tão corajoso, tão desbravador? Na maioria das vezes o que mudou foram as inclusões das tais crenças limitantes. Mas, o que exatamente elas são?
O que são Crenças Limitantes
As crenças limitantes podem ser denominadas como aquelas ideias, crenças, ideologias que você viu, ouviu, concluiu ou lhe impuseram e que acabaram se tornando verdades absolutas para você. Por exemplo, se você escutou, dentro de sua casa, vindo de seus pais, que sempre fazia coisas erradas, você acaba acreditando que sempre faz tudo errado. Se você escutou na escola onde estudava, que era burro, vai crescer achando realmente que é burro. Se você sempre escutou da sociedade que para ser um determinado profissional deve possuir alguns padrões de beleza, você vai acreditar que nunca será aquele profissional simplesmente pelo fato de não se enquadrar em tais padrões. Muitas vezes, acabamos interiorizando essas ideias e nos impondo limites. Mais alguns exemplos de crenças: “Não sou bom o suficiente”, “Não faço nada direito”, “Não consigo aprender”, “Não consigo me organizar”, “Não mereço isso”, “Sou velho demais para isso”, “Não tenho jeito para isso”. Será que não é hora de revermos os nossos conceitos e nos livrarmos dessas crenças limitantes que nos impedem de crescer? Um processo fácil? Não, mas possível. E bem possível de se alcançar.
Como combater as Crenças Limitantes
De uma maneira simples para não estender muito esse post, existem alguns passos para que consigamos nos livrar de tais crenças limitantes. O primeiro passo é identificar quais são as nossas crenças, ou seja, aqueles limites que nos impomos e que nos bloqueia e nos impede de agir. Após isso, devemos identificar o que acabou causando essas crenças. Também é importante definir onde queremos chegar, ou seja, qual é o objetivo que quero alcançar e não alcançava por não ter consciência de que eu mesmo me limitava. Após isso, temos que combater a crença limitante, para isso podemos substituí-la por um outro pensamento. Exemplo: Vamos substituir a crença “eu nunca serei um artista famoso porque não sei cantar” pelo pensamento “eu serei um artista famoso porque estou tendo aulas de canto e adotei uma estratégia para atingir o meu sucesso”. Em resumo, reprograme-se! Por último, você deve acreditar no seu pensamento motivador, assim como você acreditou em algum momento na crença limitante. Por isso, acredite também na sua ideia motivadora e a tome como verdade. Ah, e um passo importante, tenha em seu convívio pessoas motivadas a conquistar seus objetivos e não limitadas pelas crenças (somos a média das 5 pessoas que mais convivem com a gente, mas isso é papo para outro post).
Algumas vezes você conseguirá “se entender e se descobrir” sozinho, porém, outras vezes será necessária a ajuda de algum profissional, como um psicólogo ou um coach. Procure a ajuda necessária, não deixe que mais uma crença limitante lhe impeça de se desenvolver.